domingo, 14 de dezembro de 2008

Amizade como relação.


Ética é amar ao outro e a si mesmo. O objetivo da ética é o bem, esse bem não é simplesmente amar ao próximo, o maior bem é estar em harmonia com o próximo. A ética exige abrir mão das paixões, pois só assim poderemos achar o justo meio entre nós e o outro. Devemos, contudo, tomar cuidado para evitar a frieza e a falta de carinho para com o outro, quando dizemos paixão citamos duas coisas basicamente: Um sentimento tão descontrolado que não permite respeitar a vontade do próximo como também nos envolver com uma pessoa sem nenhum caráter.

Aristóteles: “Os asnos preferem a palha ao ouro.”

Não basta conhecermos o instinto é preciso nos tornarmos livres.

Todos agimos com o objetivo da felicidade, mas qual a sua essência?

A ética pode conduzir a felicidade. O objetivo da ética é a felicidade, sentir prazer é coisa da alma, portanto a cada um é aprazível a coisa de que se diz amador, nem tudo é aprazível a todos. Sendo bem supremo o prazer da alma.

Precisamos saber respeitar a individualidade das pessoas, como se nós gostássemos muito de rosas e preciso fosse pegar cada rosa tomando o cuidado de respeitar o pé a cada colheita. A construção do amor deve ser entendida como uma como a relação de dois e não uma febre. O amor é uma construção entre duas pessoas.Amar ao próximo e a si mesmo. A partir desse paradoxo, em nossa vida adulta somos obrigados a elaborar uma forma de nos relacionarmos com o outro. Quando somos crianças não precisamos nos preocupar com isso, visto que tudo e todos estão à nossa disposição, não somos obrigados a nos colocar nas situações, medir e perceber qual o nosso papel. O máximo que é exigido é uma postura por nossos pais. Mesmo em situações em que a presença do pai ou da mãe é ausente ou complicada, não é exigido de nós uma atitude coerente, ás vezes esquecem que existimos.

Com o amadurecimento e o passar dos anos cada vez mais temos que desempenhar o nosso papel, nesse caso começamos a interagir com os outros e somos obrigados a negociar e a estabelecer limites entre nós e os outros. Não dá simplesmente para puxar a sardinha para um só lado, precisamos encontrar o equilíbrio, entre os limites de duas pessoas. Neste momento é que as coisas complicam, nem sempre as pessoas estão preparadas para viver assim.

Voltemos à infância, a educação de quase todos nós não foi um primor na arte de relacionar-se, vire e mexe, nós mesmos precisamos preencher lacunas deixadas pelos nossos familiares ou pela nossa escola. Se quisermos a felicidade! Por exemplo, a falta ou o excesso do afeto materno/paterno pode nos deixar em situações complicadas. A falta pode nos deixar amargurados e nesse momento transferimos para outras pessoas, todo esse sentimento, sem perceber que ela não nos fez nenhum mal, mas simplesmente não estamos preparados para entender que aquela pessoa não tem a obrigação de substituir um pai ou uma mãe ausente.

Quando somos mimados acontece o contrário: queremos ser tratados como reis e nos achamos no direito de passar por cima dos outros, como se não fossemos iguais e sim melhores. Como ninguém tem a obrigação de nos aturar é ai que tudo se complica e descobrimos que estamos saltando num perigoso trapézio sem rede e que aquela figura protetora não está mais ali e estatelamos no chão.

Por isso saber negociar o nosso espaço com os demais é uma necessidade.

Nesse momento cabe aqui uma reflexão sobre a forma distorcida de entender o amor, que muitas das vezes é entendido como simplesmente amar ao próximo, sim isto é verdade, mas não a única, está subtendido lá o amor próprio, tão necessário à nossa felicidade. Amar mais aos outros ou menos que a nós mesmos terminará em perderemos a nossa felicidade.

Ser ético não garante a felicidade, é preciso conhecer as pessoas. Muitas vezes vemos o mal no outro, quando ele simplesmente não realiza os nossos desejos. Ou nos sentimos pessoas más quando não realizamos o capricho dos outros. A avaliação mais madura vai um pouco mais além vendo o equilíbrio entre as duas pessoas como o bem maior. Mesmo que seja necessário em algum momento cedermos espaço para tornar a vida do outro possível, ao longo do tempo devemos caminhar para o equilíbrio. A amizade pressupõe justiça.

A partir daí teremos várias construções:

Primeiro: todas as nossas relações pressupõem que estabeleceremos um acordo com o próximo no sentido de vermos o nosso lado e o dele.

Segundo: não devemos enganá-lo visto que não podemos prometer uma coisa e depois não entregá-la. É preciso cumprir o combinado, além de tudo devemos estar cientes de todas as condições que cercam as situações para não prejudicarmos e sermos prejudicados. Depois de tudo estabelecido devemos respeitar o outro mesmo que ele não esteja presente é a responsabilidade de cumprir o combinado.

A maioria de nossos sentimentos e atos são de nossa responsabilidade: O pensar, o agir, o sentir... . Mesmo que no início de nossa vida, isso não seja possível na vida adulta disso não poderemos fugir , mesmo a omissão é sinal de consentimento. O propósito ou intenção é mister conhecer, qual o desejo que está em nosso coração o que foi deliberado primeiro. A maldade é um ato voluntário, quando prejudicamos alguém não poderemos esconder –nos em lugar algum, esta lá a grande verdade: fomos nós.

Colocado dessa forma parece que vivemos em um mundo perfeito com leis justas e planejado por boas pessoas. Não podemos esquecer que pessoas com intenções duvidosas e despreparadas controlam o nosso mundo. Mas ao mesmo tempo se não cumprirmos as convenções somos quase que despejados da vida, nesse caso é preciso sabedoria pra julgar cada situação, para só aí sabermos que em que caso a lei simplesmente torna impossível a nossa vida. Vale a máxima: “Honestos e corretos todos nós devemos ser mas não mais que o rei.”

Ainda nos lembra Aristóteles: “Um tratado de moral não pode ser teoria pura, há de ter em mira a prática. Tampouco se podem dar regras estáveis, porque cada um deve tirar do exame das circunstâncias particulares a regra para a ação”.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Album de Fotos

Para acessar o Albúm de Fotos do grupo, clique aqui:
depois clique nas fotos para vê-la ampliada

ou veja as fotos como slides:

Encontro 10 Dezembro - Fechamento do Ano



No último encontro do ano foi colocado em pauta as novas visões da área filosófica, focando numa ação mais efetiva do conhecimento, evitando uma postura de intolerância no interrelacionamento do saber, e tampouco uma indiferença à situação apresentada. Foi observado por Flávio o papel dos professores no apoio à construção própria da personalidade dos alunos, com base nesses novos conceitos. Frases como "o professor não deve podar asas, mas incentivar o voô dos aprendizes" citadas, foram colocadas para ilustrar as propostas de uma filosofia renovada. Tivemos a presença de dois ilustres convidados que muito contribuiram com pontos de vista interessantes. Os participantes trocaram experiências que tiveram nessa área, principalmente no contexto educacional. Após o debate, houve uma confraternização com todos os presentes, onde foi observado, fato muito importante, a união do grupo que, mesmo diante da diversidade de opiniões, o relacionamento humano entre as pessoas não é afetado. Isso é muito bom....!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Instruções para uso do Blog

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domingo, 7 de dezembro de 2008

Inclusão de Artigos


Caros amigos filósofos: Se quiserem mandar artigos para publicação nesse espaço, sigam as instruções acima

Para ler os comentários, é só clicar no Título mencionado que abre a páginas do tópico e seus comentários. 

Vamos manifestar nossos próprios pensamentos e conceitos. Abraços a todos.      Ronaldo

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Encontro de 3 de Dezembro


O encontro de 3 de dezembro, realizado na residencia de Gladys, trouxe ao debate, assuntos relacionados a dimensão tempo e o que significa no conceito pessoal de cada um. A poesia declamada por Cláudia foi ao cerne da questão, e de um ponto de vista lúdico e sensual mostrar o efeito do tempo na vida humana.Assim como também tivemos um poema lindo narrado pela sua própria autora Maria das Graças, que emocionou a todos. Nada mais prazeiroso que refletir sobre um assunto através da musicalidade de uma poesia. O tempo tem o tamanho natural para o homem, porém em termos de existencia, não deixa da ser um relâmpago que às vezes nem percebemos. Pensamos em como nos preocupamos em maior parte no passado ou no futuro, não percebendo que a única vida que existe é o momento presente. E como é difícil se focar no instante único - agora , para perceber como a vida é completa.
É preciso estar atento e forte,
não temos tempo de temer a morte