A palavra grega filia significa amor, busca, interesse; filos “aquele que se interessa” e sofia pode ser traduzida como sabedoria. Amor ao saber, é aquilo que permite o filosofar, filósofo é aquele que se permite entrar em contradição consigo mesmo, que se permite saber que nada sabe e por isso procura a alhqeia, ou seja, a verdade verdadeira, o conhecimento racional que nasce através da filosofia.
Um sentimento de perplexidade e de admiração toma as crianças de um modo geral fazendo com que os por quês brotem de suas bocas. Esse tipo de postura é denominado de atitude filosófica que nada mais é do que ser tomado por um sentimento de espanto, iniciando assim, as indagações e neste caso é os adultos que sofrem. Mas qual é o motivo do sofrimento se todo adulto já foi um dia uma criança? A questão é: por que, quando crescemos, deixamos de indagar? Por que nos acomodamos às explicações que nos são dadas e nos sentimos incomodados com quem insiste em tentar nos fazer pensar? Será que isso é reflexo do frenesi pós-moderno? Quem pensa nos dias de hoje? Como a filosofia pode nos ajudar a reverter essa paralisia epistemológica?
Com tantas perguntas provocantes podemos perceber que não há respostas definitivas e é neste sentido que a filosofia quebra paradigmas, verdades pré-estabelecidas que muitos não ousam questionar. Filosofar é estar no mundo, é atuar conscientemente, para assim poder transformar sua própria realidade. E quem foi que disse que filosofia não serve para nada? Talvez filosofar seja repensar tudo, inclusive esse conceito.
Nathalia Regina P. Alberto é graduanda
em filosofia pela UFJF e Pós-Graduanda
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem